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A crise global global de 2019-2020 é prevista pelos principais economistas e financiadores de todo o mundo. O Banco Mundial não exclui essa possibilidade. Um dos argumentos de seus especialistas é que uma recessão ocorre a cada 10 anos. Portanto, choques financeiros podem ser esperados a qualquer momento - por analogia com 2008-2009.
Perspectivas Globais do Banco Mundial
No relatório “Perspectivas Econômicas Globais”, os analistas do Banco Mundial avaliam as perspectivas imediatas como otimistas. A conclusão é baseada no crescimento econômico acelerado, que mostra mais da metade dos estados do mundo. No entanto, perto do final do ano, as previsões se tornam mais alarmantes - os especialistas não descartam o início da crise em 2020. Se analisarmos o último período de 50 anos, verifica-se que as recessões globais ocorreram quase a cada 10 a 12 anos.
A previsão básica para o crescimento econômico global para o ano atual é de 3%, mas os financiadores acreditam que o valor real será inferior a 2%. Essa probabilidade é estimada em 21%. Lembre-se de que na economia de 2008 mostrou um crescimento de 1,8% - isso levou a um colapso financeiro.
8 sinais de próximas mudanças
Nuriel Roubini, um dos economistas mais influentes do mundo, também prevê uma crise financeira global em 2019-2020. Sua previsão anterior se tornou realidade com precisão absoluta. Em seu artigo publicado nas páginas do Project Syndicate, o especialista observa que todas as condições para seu início vencem no período indicado e lista 8 sinais de uma recessão global próxima:
- A cessação do estímulo fiscal, que implicará uma queda no crescimento econômico para 2% ou menos.
- Superaquecimento da economia americana devido à alta inflação.
- Agravamento das relações comerciais americanas com China, Canadá, UE e outros estados. Esse estado de coisas no mercado mundial retarda o crescimento econômico e aumenta a inflação.
- O Federal Reserve dos EUA continuará sendo forçado a aumentar as taxas de juros. A reação em cadeia pode ser uma redução no investimento externo e interno.
- Agravamento da oposição ao protecionismo dos EUA de outros estados. Os mercados emergentes nos países em desenvolvimento estão plenamente conscientes de seus efeitos.
- Lento crescimento econômico na zona do euro, contradições financeiras internas. A instabilidade pode ser um "gancho inicial" para a Itália e outros estados membros da UE saírem dela.
- O baixo rendimento dos títulos do governo nos EUA os tornará muito caros, o custo dos empréstimos de alto rendimento afetará negativamente o estado do mercado imobiliário.
- Os investidores, sentindo as mudanças iminentes, tentarão se livrar rapidamente de obrigações ilíquidas, vendê-las urgentemente.
Nouriel Roubini não exclui a crise da política externa de 2020 e o confronto militar dos EUA com o Irã, organizado por Donald Trump.
O analista concentra-se no fato de que o próximo ano será a eleição nos Estados Unidos. Isso pode enfraquecer a economia mais do que o previsto, diminuindo o crescimento para 1%, se não for menor. Como resultado, os Estados Unidos enfrentarão o problema de falta de emprego e desemprego.
Se a situação for agravada pelo conflito militar Irã-EUA, a crise será ainda mais grave, até a insolvência de governos individuais.É improvável que as autoridades sejam capazes de impedir uma recessão, uma vez que as ferramentas para isso são limitadas e o montante da dívida é maior do que no período anterior da crise.
Antecedentes da crise
Os primeiros sinais de alarme apareceram no final do ano passado, quando as bolsas dos EUA fecharam com forte queda nos índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq. Foi a pior semana de trocas em uma década.
Os especialistas monitoram de perto a dinâmica do mercado de commodities e prestam atenção à rápida queda nos preços dos principais grupos de commodities. Hoje, as grandes empresas estão se preparando para uma queda na produção, reduzindo a necessidade de energia e matérias-primas. Sentimentos negativos já estão sendo sentidos no mercado consumidor americano. Os resultados da pesquisa mostram que os representantes de pequenas e médias empresas não estão otimistas - eles olham para o futuro de forma realista e estão se preparando para diminuir os volumes de lucro este ano.
A falta de estabilidade política no mundo não é a melhor condição para o desenvolvimento econômico e o crescimento. A França foi dominada por protestos, uma mudança de políticos à frente da Alemanha e o fim do Brexit na UE. O que vem a seguir? Os analistas são cautelosos nas previsões.
Guerras comerciais
O FMI acredita que o comércio global cairá para 4%. Se compararmos com o indicador de 2018, o declínio é insignificante - em 0,2%. E se considerarmos os indicadores de 2017, a redução do comércio é muito mais perceptível - em 1,2%.
Especialistas em fundos vêem o principal motivo das guerras comerciais entre Washington e Pequim. A principal intriga é se será possível concluir um acordo comercial com as duas principais economias do mundo antes de 1º de março deste ano. Enquanto isso, as partes estão longe dessa etapa - há sérias divergências em diversas questões.
Eventos recentes relacionados à Huawei e à acusação de seu diretor financeiro por espionagem industrial, especialistas chamam a Casa Branca de uma tentativa de fortalecer sua posição nas próximas negociações. Nenhuma posição menos difícil foi tomada pelo lado chinês.
Tanto a China quanto os EUA entendem o quão perigoso é um problema não resolvido e como as bolsas de valores podem reagir a ele. Por conseguinte, deve ser decidido dentro de alguns meses.
Global ou asiático?
A crise de 2019-2020 será global? Existem versões diferentes a esse respeito. Segundo um deles, a China se tornará o epicentro do colapso econômico. A recessão afetará os países asiáticos em desenvolvimento - esse já era o caso em 1998, quando a crise afetou Tailândia, Malásia, Indonésia e, mais tarde, Argentina e Federação Russa. Desta vez, esses pontos de instabilidade podem ser Argentina, Turquia, Brasil.
É ingênuo esperar que o colapso da economia chinesa passe sem deixar rasto para o mundo inteiro. A China é um dos maiores consumidores de metal e petróleo, portanto as consequências serão tangíveis. Especialmente nesses segmentos.
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